Saturday, 22 September 2012

Ministro paquistanês oferece US$ 100 mil por morte de autor de filme anti-Islã

Ministro paquistanês oferece US$ 100 mil por morte de autor de filme anti-Islã:
ISLAMABAD e DACA - O ministro das Ferrovias do Paquistão ofereceu neste sábado uma
recompensa de US$ 100 mil para quem matar o autor do filme “Inocência dos
muçulmanos”, que satiriza a história de Maomé. Ghulam Ahmed Bilour convocou
também o apoio dos grupos extremistas Talibã e al-Qaeda na chamada por ele
de “nobre tarefa” de caçada ao produtor, segundo informações das agências
internacionais EFE e AFP.
Bilour também pediu que os ricos coloquem seu dinheiro e ouro a disposição de
mercenários que queiram matar o autor do filme. O Paquistão viveu na sexta-feira
o dia mais sangrendo de confronto com forças policiais na onda de manifestações
contra o vídeo que ridiculariza o profeta.
Ainda neste sábado, em Bangladesh, dezenas de pessoas que protestavam contra o filme anti-Islã na capital de Bangladesh, Daca, ficaram feridas após choques com policiais que tentavam reprimir a passeata. Centenas de manifestantes jogaram pedras e pedaços de madeira e queimaram carros, motos e uma van das forças de segurança.
Os policiais responderam com bombas de gás lacrimogêneo e tropas de choque. Algumas pessoas foram presas, mas as autoridades não divulgaram o número de detidos. Ativistas contra o filme anti-Islã exortaram a população a fazer uma manifestação por todo o país no domingo, o que preocupa autoridades que temem mais confrontos.
O governo local proibiu a realização de uma marcha na noite de sexta-feira que começaria na mesquita de Baitul Mokarram, a principal sede muçulmana na cidade. No entanto, o ato prosseguiu e mais de 2 mil pessoas queimaram bandeiras dos EUA e gritaram dizeres contra os americanos.
O filme “Inocência dos muçulmanos” satiriza a história de Maomé, mostrando o profeta sagrado para o Islã como pervertido, violento e em cenas de sexo. Um suposto trailer de 14 minutos da película foi postado no YouTube e visto por milhões de fiéis pelo mundo, gerando uma violenta onda de manifestações.
Para os muçulmanos, qualquer representação de Maomé é considerada um pecado. Os fiéis acusam os EUA de terem permitido a criação do filme, pois o vídeo foi produzido em território americano. Em um protesto em 11 de setembro, o embaixador americano na Líbia, Chris Stevens, foi assassinado por manifestantes que invadiram seu consulado em Benghazi.