Israel coloca tanques na fronteira com Sinai após ataque:
JERUSALÉM — Em uma ação incomum, as Forças de Defesa de Israel colocaram dois tanques próximos à fronteira egípcia nesta segunda-feira. A ação foi uma resposta à invasão de milicianos da Península do Sinai ocorrida mais cedo. Após cruzar a fronteira, os invasores balearam civis que trabalhavam na construção de uma barreira de segurança, segundo informaram autoridades israelenses. Um operário morreu e dois milicianos foram mortos após soldados israelenses revidarem em um ataque aéreo, horas depois.
O uso de tanques na região é proibido com base nos acordos de paz de Camp David, firmados entre Israel e Egito. A área deve permanecer desmilitarizada, sem a presença de tanques, artilharia ou mísseis antitanques. Segundo o jornal israelense “Haaretz”, os tanques já foram retirados e as Forças de Defesa israelenses afirmaram não planejar usar mais blindados na área.
De acordo com investigações preliminares, três homens invadiram a barreira fronteiriça entre Sinai e Gaza na manhã desta segunda-feira. Eles teriam instalado explosivos e esperado pela passagem de um carro. Quando isso ocorreu, detonaram a bomba e abriram fogo, matando um israelense.
Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque, o que ressalta a crescente anarquia no Deserto do Sinai desde a queda do ditador Hosni Mubarak, em 2011. A tenente-coronel Avital Leibovich, porta-voz militar, reconheceu que os oficiais israelenses suspeitam da possível participação de milicianos palestinos da Faixa de Gaza, que também compartilha a fronteira com o Sinai. Os extremistas do Hamas afirmaram que os dois homens mortos no ataque aéreo integravam uma “missão de reconhecimento” e prometeram vingança.
A situação da segurança na região tem preocupado Israel, que após a saída de Mubarak já aumentou a construção da barreira de segurança na fronteira, em uma tentativa de impedir a entrada de milicianos e imigrantes africanos não autorizados.
Em agosto de 2011, o Egito enviou milhares de soldados com tanques ao Sinai, em uma tentativa coordenada com Israel de restabelecer a segurança na região.
