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- Queremos ser pacíficos. Somos trabalhadores simples e não vamos fazer o mesmo que os fascistas. Nos últimos três anos, eles atacaram de 700 a 800 pessoas . Saímos de casa para trabalhar e eles nos atacam. É trabalho da polícia prender essas pessoas e mandá-los para a cadeia - disse Javied Aslam, chefe da comunidade paquistanesa da Grécia.O país passa por uma onda anti-imigração durante a crise econômica dos últimos três anos, que aumentou a taxa de desemprego e derrubou o padrão de vida no país - que tem tem sido a principal porta de entrada de imigrantes ilegais para a União Europeia. Moradora de Londres, a militante Sasha Simic disse que viajou para Atenas para participar do protesto.
- Estou aqui para mostrar solidariedade ao povo grego lutando contra a Aurora Dourada, uma organização abertamente fascista que está tentando atribuir a miséria da crise causada pelos banqueiros aos imigrantes e aos homossexuais, claramente bodes expiatórios. Sabemos o que aconteceu na década de 1930, com a ascensão dos nazistas. Estamos aqui para detê-los - afirmou a jovem.
Dois gregos, de cerca de 20 anos, foram acusados pelo assassinato de Luqman. Eles admitiram o crime, mas afirmaram que o ataque foi consequência de uma acalorada discussão que começou quando a bicicleta do paquistanês bloqueou a moto onde eles estavam. Fontes policiais afirmam, no entanto, que encontraram panfletos do partido neo-nazista Aurora Dourada e várias facas em uma busca na casa dos suspeitos.
Uma pesquisa realizada no início do ano posiciona o partido - que em seu programa defende a colocação de minas nas fronteiras para evitar a entrada de imigrantes ilegais - como a terceira força com mais apoios no país. A plataforma racista seria apoiada por 10,7% dos votantes, 3% a mais do que nas eleições realizadas em junho.