CARACAS e BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff chega em Caracas nesta quinta-feira, por volta das 16h30m, para acompanhar o velório do presidente Hugo Chávez, que morreu na terça-feira, vítima de câncer. Dilma viaja acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-deputado e ex-ministro José Dirceu tentou obter uma salvaguarda do Supremo Tribunal Federal (STF) para viajar, mas o pedido foi negado hoje pelo presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa .
A presidente embarcou às 11h05. No avião, além do ex-presidente Lula viajam também uma comitiva médica e o governador da Bahia, Jaques Wagner. Em outro avião do governo, que embarcou em seguida, vão o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o porta-voz de Dilma, Thomas Traumann, o presidente do PC do B, Renato Rabelo, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), o deputado Josias Gomes (PT-BA), a deputada Perpétua Almeida (PC do B-AC) e o deputado Valmir Assunção (PT-BA). Os parlamentares viajam a convite da presidente.
O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, principal interlocutor do governo brasileiro com o governo de Chávez não foi autorizado a viajar por conta de sua saúde. Ele passou por uma cirurgia no coração recentemente. Dilma retorna ao Brasil na noite de sexta-feira
Na quarta-feira, alguns presidentes acorreram a Caracas para se despedir do líder venezuelano, como a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e os presidentes do Uruguai, Jose Mujica e da Bolívia, Evo Morales. São esperados para hoje a presença, além de Dilma e de Lula, dos presidentes de Cuba, Raúl Castro, do Equador, Rafael Correa, e da Nicarágua, Daniel Ortega, entre outros.
Depois de uma cerimônia fechada na noite de quarta-feira para a família, presidentes e membros do governo, o velório foi aberto para populares. Nicolás Maduro, vice-presidente indicado por Chávez para substituí-lo, e que está exercendo de fato a presidência - embora a oposição conteste - , decretou sete dias de luto e três dias de cerimônias fúnebres. Por conta disso, foi instituída lei seca para todo o período em todo o país. Alguns comércios fecharam as portas em homenagem a Chávez.
Na quarta, houve uma correria de moradores a supermercados e farmácias, temendo que permanecessem fechadas por alguns dias. No entanto, as principais redes mantiveram os estabelecimentos abertos.