Thursday, 11 April 2013

Maradona participa de comício com Maduro em último dia de campanha

CARACAS — No último dia de campanha, o presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, teve um apoio de peso durante comício em Caracas: o ex-jogador argentino Diego Maradona, amigo próximo do presidente Hugo Chávez, morto em março. O lendário capitão da Argentina, que venceu a Copa do Mundo de 1986, usava um boné com as cores da Venezuela e camisa vermelha bordada do lado esquerdo com a frase “Cristina K 2015”, uma referência a uma possível reeleição da presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Na camisa também se lia “Comandante Chávez” e “Maduro Presidente”.
No palanque eleitoral, o ex-jogador jogou bola e acenou para a multidão e lançou um beijo para o céu, em referência ao ex-presidente Hugo Chávez.
- Aqui estou, sou o filho de Chávez, sou um homem do povo, estou pronto para ser presidente (...) os que quiserem pátria e os que quiserem futuro, venham com Nicolás Maduro - disse o candidato antes de encerrar sua campanha em Caracas.
Maduro, que comprometeu-se a aplicar um aumento do salário mínimo de 45%, afirmou que comandará “um governo de rua, essa foi a última orientação que Chávez me deixou”.
- Vou governar nos estados, uma semana em cada estado. Vamos ver com nossos próprios olhos, vamos de ônibus, ver os problemas e resolvê-los. Será um novo modelo de governo itinerante, de rua - assegurou o candidato do PSUV.
De acordo com pesquisa da empresa de consultoria Datanálisis, uma das mais confiáveis do país, a vantagem de Maduro sobre Capriles caiu cinco pontos em relação a março e é hoje de 9,7 pontos percentuais (54,8% contra 45,1%). Está abaixo dos dez pontos que separaram o candidato da oposição do presidente Hugo Chávez nas eleições de 7 de outubro passado. O número de indecisos é uma grande incógnita, assim como o de chavistas que optariam pela abstenção (o voto não é obrigatório na Venezuela). O presidente interino continua sendo favorito, mas analistas locais coincidem em afirmar que a reta final da campanha foi marcada pela queda de Maduro e um notável crescimento do candidato opositor.