BUENOS AIRES - Ao menos 40 pessoas morreram na cidade de La Plata, a cerca de 30 quilômetros da capital da Argentina, Buenos Aires, e mais de 2.200 tiveram que deixar suas casas durante uma tempestade na noite desta terça-feira. Na capital, as chuvas torrenciais deixaram oito mortos na terça-feira - seis no centro da cidade e duas nos municípios de Villa Maipú e Laferrere, na região metropolitana. A água chegou até a porta da
casa de Ofelia Wilhelm, mãe da presidente Cristina Kirchner,
em Tolosa.
- Nunca tínhamos visto nada igual, por isso nos surpreendemos da pior maneira e não tivemos tempo de escapar - disse o governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli.
Dezenas de pessoas tiveram de ficar por horas sobre os telhados de suas casas à espera do resgate, conforme a água arrastava todos os veículos em seu caminho.
O prefeito da capital, o conservador Mauricio Macri, interrompeu suas férias para voltar à cidade. Ele disse que as causas da tragédia se devem, sobretudo, a duas razões: um fenômeno não visto há 100 anos e a falta de obras apropriadas. Macri acusou o governo da presidente Cristina Kirchner de não investir o suficiente na prevenção de desastres.
O ministro da Justiça e Segurança do distrito, Ricardo Casal, classificou a tragédia de “um desastre climático único na história da cidade de La Plata”.
- A tarefa mais difícil foi à noite, quando a água atingiu níveis muito elevados na madrugada e não havia possibilidade de sobrevoar ou oferecer auxílio aéreo - contou.
