Saturday, 30 March 2013

Centenas de imigrantes africanos são resgatados na costa italiana

ROMA — A guarda costeira italiana interceptou cerca de 700 imigrantes, em sua maioria africanos, que tentavam chegar ao país a bordo de 10 embarcações precárias. Um navio abarrotado com 150 pessoas enviou pedido de socorro a cerca de 80 milhas ao largo da pequena ilha siciliana de Lampedusa, na tarde desta sexta-feira. Os serviços de emergência foram enviados para resgatá-los, além de outras 70 pessoas que estavam em uma embarcação de borracha nas proximidades. Todos os demais barcos foram parados ao longo dos últimos dois dias.
A costa da Itália é um destino comum para os imigrantes do norte e da África sub-saariana. Milhares já morreram durante viagens arriscadas no Mediterrâneo, como resultado de naufrágio, condições adversas e a falta de comida e água, afirmam ativistas.
“Com a chegada da primavera e a consequente melhoria nas condições de tempo, as tentativas de imigrantes para chegar à costa italiana aumentam expressivamente”, disse a Guarda Costeira em um comunicado.
Equipes de resgate também receberam uma chamada de emergência de um outro barco que transportava 131 pessoas da África subsaariana, Paquistão e Bangladesh. Durante a noite o guarda costeira resgatou ainda 31 pessoas de Marrocos e da África subsaariana em um barco na costa sul da Sicília, que também seguia em direção a Lampedusa. Um funcionário disse que 214 outros imigrantes, principalmente da África, em cinco barcos, foram detidos nas últimas 48 horas. Todos os imigrantes estão detidos em centros de acolhimento na Sicília e Lampedusa.
Os fluxos imigratórios estão se intensificando também na Espanha. Equipes espanholas resgataram nesta sexta-feira 54 imigrantes que viajavam a bordo de sete navios que saíram de Marrocos. Desde o início da semana, foram interceptados mais de 120 imigrantes que tentavam chegar à Espanha de forma clandestina.
Estima-se que 1.500 imigrantes morreram no Mediterrâneo em 2011, muitos deles tentando escapar dos movimentos que levaram à derrubada de ditadores no Norte da África, de acordo com a Human Rights Watch. A ONG estimou em 300 o número de mortos em 2012.